Brasileira vai presidir a União Vegetariana Internacional

Fundada em 1908, na Alemanha, a IVU (International Vegetarian Union - União Vegetariana Internacional), conhecida pelos inúmeros eventos e congressos realizados desde então, tem agora uma nova presidente. É a brasileira Marly Winckler.

A catarinense fundou, em 2003, a SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) e vem ganhando notoriedade internacional por grandes campanhas e trabalhos realizados no Brasil e lá fora. Com esse novo cargo, as responsabilidades de Marly e a visibilidade do vegetarianismo brasileiro aumentam.

O ViSta-se bateu um papo com a presidente da SVB e da IVU para entender melhor como será essa mudança positiva, acompanhe abaixo.

Quais suas atividades no dia-a-dia após conquistar este cargo? (O que um presidente da IVU faz?)
No âmbito do conselho da IVU discutimos, votamos, aprovamos ou rejeitamos assuntos ligados à administração da entidade, possíveis mudanças nos Estatutos, apoios e assuntos ligados às nossas 5 regionais – dividimos o planeta em 5 regiões, cada uma das quais tem um Coordenador Regional – sou coordenadora para a America Latina e o Caribe da IVU desde 2000 – assuntos ligados aos eventos que promovemos e apoiamos, sobretudo os Congressos Regionais e Mundiais de Vegetarianismo.

Há uma série de protocolos a serem seguidos e implementados nesses eventos e tudo isso é tratado no Conselho. Por exemplo, há muitos anos toda a comida servida em eventos da IVU tem que ser vegana. Isso consta em nossos Estatutos. O presidente da IVU preside o Conselho, coordena as discussões, enfim, tem um papel de liderança e por ser o representante eleito pelo Conselho, o representa em todas as circunstâncias.

Existe um tempo determinado para que ocupe este cargo?
Não existe.

Como é a decisão de quem vai presidir a IVU: votação ou indicação de quem já ocupa o cargo? Se votação, quem vota?
No meu caso fui indicada por meu predecessor, que iniciou o processo das eleições – as quais previam um prazo para que outras indicações pudessem ser feitas. Findo esse prazo, e não tendo havido nenhuma outra indicação – ao contrário, houve unanimidade no apoio à indiçacao do então presidente, foram convocadas as eleições e nesse caso houve unanimidade dos votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção.

Votam todos os conselheiros eleitos (são 12 os conselheiros eleitos pelas cerca de 120 sociedades vegetarianas e veganas do mundo todo), os Coordenadores Regionais e os cooptados, em geral há um ou dois conselheiros com direito a voto que são cooptados para o Conselho, quais sejam, organizadores dos Congressos Mundiais.

Que benefícios esta nova responsabilidade pode trazer ao vegetarianismo do Brasil?
Como presidente mundial meu dever é zelar e me esforçar para que o vegetarianismo seja difundido em todos os rincões do mundo, mas o fato de ser a primeira latino-americana a presidir esta instituição centenária – e a segunda mulher – traz alguma visibilidade ao nosso país – e isso já vem acontecendo, já estou sendo entrevistada por alguns órgãos de imprensa, não só no Brasil, mas na América Latina e outras regiões.

E com isso posso jogar luz sobre alguns aspectos específicos do Brasil, como a forte ligação entre a destruição da floresta amazônica e outros biomas e a pecuária, entre outros assuntos.

Por Fabio Chaves

Fonte - 10.12.2011

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