Afinal, é melhor consumir vegetais frescos ou congelados? Aposto que você optou pelas verdinhas encontradas na feira! Mas não é bem assim. “Congelar é sinônimo de preservar”, diz o nutrólogo José Alves Lara Neto, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição (Abran), em entrevista à revista Superinteressante.
Resfriados a menos de 18° C, que é a temperatura do freezer, os micro-organismos param de se desenvolver e não estragam o alimento. “O congelamento, na verdade, mantém o alimento mais próximo do seu estado natural”, explica o especialista.
É comum associar o alimento fresco à comida de qualidade. Até aí, nada de mais. O problema é que os vegetais ficam mais pobres em nutrientes a partir do momento em que são colhidos, pois sofrem a influência de fatores climáticos, das condições de transporte, armazenamento e distribuição. E o simples ato de prepará-los para a refeição também contribui para que vitaminas e sais minerais batam em retirada.
O congelamento freia esse processo, porque faz diminuir a velocidade de muitas das reações enzimáticas que oxidam o alimento, alterando a cor, o sabor, a textura e os nutrientes. Essas modificações ocorrem na presença do oxigênio, que não é utilizado durante o congelamento.
Segundo o nutrólogo Edson Credidio, doutor em ciências de alimentos pela Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, quanto mais rápido o processo de congelamento, mais bem preservados ficarão os nutrientes. Isso evita a formação de grandes cristais de gelo, que danificam as células dos alimentos e prejudicam sua qualidade nutricional. E, quanto antes o produto for parar no freezer, maior a garantia de que suas substâncias benéficas serão mantidas.
Fonte: M de Mulher - 12.01.2014