Escritor, jornalista e político
Nascido em 17 de fevereiro de 1941
Local: Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil
Fernando Paulo Nagle Gabeira é um escritor, jornalista e político brasileiro. É primo da jornalista Leda Nagle.
Biografia
É conhecido pela sua atuação no Partido Verde (do qual é membro-fundador), defendendo posições polêmicas em questões consideradas como tabus na cultura política brasileira (como a profissionalização da prostituição e a descriminalização da maconha). Como esquerdista histórico, esteve em diversas vezes alternando-se como membro do PV e o PT, candidatando-se ora pelo primeiro, ora pelo segundo, em diversas eleições.
É também conhecido por ter participado da luta armada contra o Regime Militar de 1964. Juntamente com o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), que tentava instaurar o comunismo no Brasil, participou do seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick às vésperas do 7 de setembro de 1969, episódio registrado em seu livro O Que É Isso, Companheiro?, de 1979. O seqüestro ocorreu como forma de pressionar o regime militar a libertar 15 políticos esquerdistas, então presos por motivos políticos. De fato, tais presos foram libertos e exilados, apesar dos envolvidos no seqüestro terem sido presos algum tempo depois.
Fernando Gabeira esteve exilado entre 1970 e 1979, voltando ao país com a Lei da Anistia. Passou então a atuar como jornalista e escritor, defendendo o fim do Regime Militar. Após 1985, apoia a causa dos direitos das minorias e do meio-ambiente.
Carreira política
Após voltar ao Brasil, em 1986 Fernando Gabeira foi candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro pelo PT, sendo derrotado por Moreira Franco; em 1989 concorreu à Presidência da República, dessa vez pelo PV, obtendo 0,18% dos votos.
Em 1994, Fernando Gabeira é eleito deputado federal, pelo Partido Verde do Rio de Janeiro, sendo reeleito em 1998. Em 2002, trocou o Partido Verde pelo PT novamente, sendo novamente eleito. Após considerar um absurdo ter tido que esperar durante uma hora para ser atendido pelo então Ministro-Chefe da Casa Civil José Dirceu, decidiu abandonar mais uma vez o partido, ficando algum tempo sem legenda.
Em 2005, na Câmara dos Deputados, Gabeira chamou o então Presidente da Casa, Severino Cavalcanti de "vergonha para o país", e ameaçou começar um movimento para derrubá-lo se ele continuasse a apoiar em nome do Congresso empresas que utilizam trabalho escravo. Também participou da CPI das Sanguessugas, em 2006, como um dos sub-relatores.
Filiando-se novamente ao PV, concorreu à reeleição, sendo o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro em 2006.
Em 2008 lançou sua candidatura a prefeitura do Rio de Janeiro em uma aliança com o PSDB e o PPS. Fernando Gabeira ficou em segundo lugar no primeiro turno das eleições à prefeitura do Rio de Janeiro, ocorrida no dia 5 de outubro, com 839.994 dos votos válidos, ou 25.61%. No segundo turno, Fernando Gabeira obteve 1.640.970 de votos, ou 49,17% dos votos válidos e perdeu por uma diferença de apenas 1,66% para seu adversário, Eduardo Paes.
Em 2009, Gabeira admitiu o uso indevido da sua cota parlamentar de passagens aéreas, possibilitando que terceiros, cujos nomes não foram divulgados, viajassem utilizando o dinheiro público. O próprio deputado admitiu que este escândalo pode significar sua morte política, tendo inclusive cogitado abandonar a carreira pública, mudando de opinião logo em seguida.
Literatura
Escreveu o livro O Que É Isso, Companheiro?, sobre sua participação na luta armada contra a ditadura militar brasileira e seu posterior exílio na Europa, que venceu o Prêmio Jabuti de Biografia e/ou Memórias em 1980 e foi transformado em filme pelo cineasta Bruno Barreto em 1997.
Fonte: Wikipédia
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