Câmera escondida mostra crueldades praticadas contra perus explorados para o consumo

Por Patrícia Tai (da ANDA)

Câmera escondida mostra crueldades praticadas contra perus explorados para o consumo
Uma semana antes da celebração do Dia de Ação de Graças nos EUA, que neste ano se deu no dia 22 de novembro, um grupo de defensores de animais acusou a empresa Butterball de abuso e tortura de animais em algumas de suas instalações. As informações são do Los Angeles Times.

A ONG Mercy For Animals disse que, a partir de uma investigação sigilosa que realizou em operações da empresa na Carolina do Norte, encontrou as evidências de crueldade. Imagens da câmera escondida (imagens fortes) mostram perus sendo jogados e arrastados por suas asas e pescoços, sendo chutados no chão e com feridas abertas.

Em um comunicado, a Butterball disse que “leva todas as alegações de maus-tratos de animais muito a sério” e destacou que tem “uma política de tolerância zero para o abuso de animais”.

Em dezembro do ano passado, autoridades da Carolina do Norte invadiram uma instalação de criação e abate de perus da Butterball após a Mercy For Animals ter enviado um vídeo semelhante às autoridades. Cinco funcionários foram acusados de estarem cometendo crime de crueldade contra animais.

O vídeo que foi entregue desta vez foi filmado em outubro, e o grupo de ativistas apresentou uma queixa legal para a aplicação da lei.

A Butterball é o maior produtor de carne de peru nos Estados Unidos e é a fonte de 30% dos 46 milhões de perus mortos a cada ano para o Dia de Ação de Graças, de acordo com a Mercy for Animals.

Câmera escondida mostra crueldades praticadas contra perus explorados para o consumo

Crueldade contra os animais tem sido um tema frequente neste ano para as empresas da cadeia de abastecimento alimentar.

Houve também a denúncia dos suínos criados em apertadas gaiolas de gestação ou de galinhas amontoadas em gaiolas para a produção de ovos, que fez com que muitos restaurantes se comprometessem a romper os negócios com esses criadores.

No entanto, infelizmente todo este movimento é em vão. Matar animais para o consumo causa dor e sofrimento de qualquer forma, e exigir que as empresas apenas não exerçam práticas de rotina cruel ao lidar com os animais e matá-los não resolve o problema – o animal que é morto para ser servido ao consumo humano já viveu uma vida de confinamento, separado de seus grupos, e terá sua vida abreviada pelo simples propósito de servir de alimento a sociedades que têm múltiplas alternativas. A maioria deles é alimentada com hormônios e produtos químicos visando o seu rápido e artificial desenvolvimento, para gerar lucro mais rápido aos criadores, entre outras particularidades da criação em escala.

Como se isso já não fosse suficientemente grave enquanto desrespeito ao direito à vida dos animais, além disso, é obviamente impossível, mesmo nos países em que há as chamadas leis de bem-estar animal, uma fiscalização constante para que abusos não sejam cometidos. Por isso, incidentes como esses das câmeras escondidas que fazem com que algumas pessoas sejam punidas e empresas prometam não fazer mais isso são equivalentes a “enxugar gelo”. Lembremos que as acusações à Butterball são reincidentes.

Segue o vídeo (imagens fortes):



Para saber mais, acesse o site www.butterballabuse.com.

Nota da redação: A forma mais incisiva e coerente de combater esse tipo de crueldade contra animais é abandonando completamente o consumo de produtos de origem a animal, já que consumir esse gênero de produto é sinônimo de compactuar de uma indústria que existe e lucra às custas do sofrimento de seres inocentes, usados como escravos e torturados até a morte. O ser humano é livre para escolher, mas é também responsável por suas escolhas. Portanto, em cada escolha que fizermos, estamparemos nossos princípios e caráter. E o que fazemos aos outros, direta ou indiretamente, estamos concedendo que seja feito conosco, já que os direitos são iguais a todos os seres vivos deste planeta. Respeitar outros seres para ser digno de respeito é uma premissa que merece, no mínimo, uma reflexão profunda.

Fonte: ANDA - 20.12.2012

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