Para alimentar mais 4 bilhões de pessoas basta cortar a carne, o leite e ovos, diz estudo

Trocando as culturas de cultivo de alimentação animal e de biocombustíveis para alimentos que vão diretamente para consumo humano é possível alimentar um adicional de 4 bilhões de pessoas, utilizando a área plantada já existente, diz o estudo.

O hambúrguer artificial testado recentemente em Londres, é anunciado como uma forma de evitar uma crise alimentar iminente, liberando os recursos agrícolas utilizados para alimentar bilhões de cabeças de gado por ano. Outra maneira de evitar a crise é parar de comer produtos de origem animal por completo, de acordo com um estudo recente. Na verdade, "nós achamos que fazer uma mudança radical completa ficando longe da ingestão de animais alimentados com grãos, e parar de produzir biocombustíveis pode aumentar a disponibilidade de calorias para 4 bilhões de pessoas", disse Emily Cassidy, uma pesquisadora do Instituto do Meio Ambiente na Universidade de Minnesota, à NBC News.

Ela e seus colegas examinaram 41 principais culturas cultivadas em todo o mundo, que representam mais de 90% da produção agrícola global, para descobrir qual a quantidade de alimento está sendo produzida e como ele está sendo usado.

Eles descobriram que 36% das calorias produzidas são utilizadas para a alimentação animal. Destes, 12% serpenteiam seu caminho para a dieta humana, como carne e produtos animais. Outros 4 por cento das calorias humano comestíveis são utilizadas para produzir biocombustíveis.


Manter todas as culturas para consumo humano direto aumentaria em até 70% as calorias disponíveis para a população mundial, Cassidy e colegas relatam na edição de 01 de agosto da Environmental Research Letters.

Quando essas calorias adicionais são convertidos para o número de pessoas que podem ser alimentados com uma dieta de 2.700 calorias por dia, a matemática da equipe mostra um adicional de 4 bilhões de pessoas podendo ser alimentados com alimentos produzidos na terra - em culturas que já existem!

Isso é mais do que os de 2 a 3 bilhões de pessoas que os cientistas esperam que o planeta tenha a mais em 2050. Mas Cassidy ressalta que ao mesmo tempo "é muito irrealista apenas esperar que todos reduzam drasticamente o consumo de produtos de origem animal e parem de produzir etanol de milho."

Entre a situação alimentar de hoje (onívoros em sua maioria) e uma mudança radical para o veganismo existe algo que se pode fazer para contribuir com a alimentação de centenas de milhões de pessoas adicionais com lavouras existentes. Só é preciso uma mudança da ingestão de carne bovina para frango e carne de porco, que convertem grãos para a carne de forma mais eficiente do que o gado, disse ela.

Quanto ao lab-grown hambúrguer, Cassidy disse que "a pesquisa é realmente fascinante." Além de liberar terras agrícolas para outras culturas, a pesquisa mostra que a eliminação de gado poderia reduzir as emissões de metano, um gás de efeito estufa, observou ela.

Por enquanto, porém, esta carne gerada artificialmente "não é o tipo de coisa que ainda está no mercado e, certamente, a preços acessíveis para a maioria das pessoas." - diz Cassidy.

Por John Roach - Tradução de Bárbara Moreira da Geografia Clínica para o Cantinho Vegetariano.

Fonte: NBC News - 05.08.2013



Nota - A pesquisadora sugere a substituição da carne bovina pela de frango e porco como uma forma de amenizar a crise alimentar que uma superpopulação desencadeará. O Cantinho Vegetariano, acredita e defende uma alimentação vegana como solução não só desse, mas de outros problemas, como o da exploração animal e dos diversos problemas de saúde decorrentes de uma alimentação baseada em carnes, ovos e laticínios.

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