O novo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), “Tackling Climate Change Through Livestock” (Combatendo as Mudanças Climáticas por Meio da Pecuária), reafirma que a produção de animais para consumo humano é um dos fatores com impactos mais devastadores para toda a natureza.
Este relatório vem para colocar em foco os danos aos próprios animais e ao meio ambiente que a indústria de produção animal promove. Considerado como uma intervenção humana antiética, a indústria trata os animais como seres sem valor moral, os cria para serem mortos em um prazo determinado previamente e faz de suas vidas, um período de tortura.
Este relatório vem para colocar em foco os danos aos próprios animais e ao meio ambiente que a indústria de produção animal promove. Considerado como uma intervenção humana antiética, a indústria trata os animais como seres sem valor moral, os cria para serem mortos em um prazo determinado previamente e faz de suas vidas, um período de tortura.
São mais de 70 bilhões de animais terrestres que são produzidos a cada ano para o consumo humano e que são submetidos a todo o processo cruel industrial que envolve desde sua concepção até sua morte. No relatório “A Longa Sombra da Pecuária” de 2006, a FAO concluiu que o setor de produção animal impacta de maneira intensa o meio ambiente, ficando entre os três maiores contribuintes para a degradação ambiental. Agora, sete anos mais tarde, a conclusão ainda é a mesma: a agricultura animal sozinha é responsável por 14,5% dos gases de efeito-estufa gerados por atividades humanas, de acordo com seu novo relatório.
O relatório atual reconhece que programas que visem reduzir as emissões do setor devem também levar em consideração a vida animal, ou seja, a ação pelo bem do meio ambiente precisa, necessariamente, passar pela abolição animal, já que animais também são parte integrante de toda a natureza. É necessário, então, reconhecer sua alteridade.
Consumo no Brasil
A FAO também informou que o consumo de carnes per capita no Brasil praticamente dobrou de 1980 para 2005, o consumo de laticínios teve um aumento de 40% e o consumo de ovos subiu 20%. No mundo, cerca de dois terços da produção de ovos e carne de frango são provenientes da indústria de produção animal, assim como mais da metade da carne de porco, sendo que, no Brasil, 90% dos ovos comercializados são produtos do sistema de gaiolas em bateria, onde as aves não conseguem nem mesmo abrir suas asas. As porcas reprodutoras, por sua vez, passam suas vidas dentro de celas de gestação, que têm praticamente o mesmo tamanho dos animais e não permitem que se movam plenamente, pela falta de espaço.
Todo este consumo brasileiro e mundial tem como pano de fundo o sofrimento e a exploração de milhares de animais. São milhares de vidas subjugadas e torturadas. Parar o consumo de carne tem, então, dois aspectos: é uma maneira de estender a ética humana para uma ética a todos os animais e de, também, manter o próprio meio ambiente em uma situação sustentável.
Leia o relatório na íntegra aqui. (arquivo .PDF, em inglês)
Fonte: ANDA - 02.10.2013
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