Tomate

Esse fruto que hoje é um alimento universal, de vários tipos e grande versatilidade, já foi tratado como vilão e repudiado como veneno. Ganhou sua redenção e agora é recomendado para a prevenção de alguns tipos de câncer


Origem

Acredita-se que os incas, no Peru, e os astecas, no México, consumiam uma espécie selvagem de tomate 700 anos a.C. Com as grandes navegações do século XVI, as primeiras sementes de tomate foram levadas para a Europa onde o fruto encontrou resistências, por ser da família das solanáceas junto a venenosa beladona, de formato semelhante e pele negra. A tentativa de experimentar seus talos e folhas provocou intoxicações, o que aumentou a desconfiança em relação ao fruto que era ao mesmo tempo considerado venenoso e afrodisíaco. Entretanto, seu cultivo fácil, crescimento rápido e a bela cor vermelha, que foi adquirindo com os diferentes cultivos, era uma tentação para cozinheiros italianos que, por volta do século XVII, foram testando e experimentando até chegar à incomparável união de massa e molho de tomate, apreciada em todo o mundo.

Propriedades nutricionais

Cru, cozido ou assado, salgado ou doce, a versatilidade do tomate e a garantia de um sabor especial com sua presença universalizaram o uso desse fruto. Enquadrado nutricionalmente na categoria das hortaliças, o tomate é rico em vitamina C, além de conter importantes minerais como potássio e fósforo. O médico Eric Slywith, coordenador do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira, conta que existe diferença de nutrientes entre os tipos de tomate, mas esta é pequena para a maioria dos nutrientes, especialmente considerando as necessidades nutricionais diárias. Por exemplo, 100 g de tomate vermelho maduro cru contêm 24 mg de fósforo, contra 29 md do tomate laranja cru e 36 mg do tomate amarelo cru. A necessidade diária de ingestão desse mineral para o organismo é de 700 mg. A vantagem de incluir tomate na dieta é ter sua riqueza de vitaminas e minerais em bem poucas calorias (16 Kcal/100 g)

Propriedades medicinais

Com o conhecimento dos benefícios desse fruto, ele deixou de ser repudiado e passou a ser recomendado, inclusive por médicos. Estudos demonstraram que o licopeno - que lhe garante a cor vermelha - além de reduzir os níveis de colesterol e auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares, ajuda a prevenir alguns tipos de câncer, como o de próstata e de mama, graças à sua ação antioxidante, que protege as células da oxidação diminuindo a presença de radicais livres. Estudo da Sociedade Americana para a Pesquisa do Câncer mostrou evidências de que homens com câncer de próstata com alto consumo de tomate tiveram redução no tamanho do tumor e diminuição na velocidade do crescimento.

Outro benefício do tomate está associado à presença de vitamina C, que também tem ação antioxidante. Para que o tomate seja boa fonte dessa vitamina, o ideal é consumi-lo cru. Já para a ação do licopeno, a melhor opção é o cosumo após cozimento; o molho de tomate tem maior disponibilidade - maior concentração de licopeno com melhor absorção pelo organismo. O nível de licopeno também varia de acordo com o amadurecimento - o tomate vermelho maduro tem maior quantidade de licopeno.

Curiosidades

Muitos acham que tomate é legume. Na verdade ele é fruto do tomateiro e surpreende pela variedade com que se apresenta, de cores, tamanhos e forma. "Parente" da berinjela, das pimentas e dos pimentões, o tomate se popularizou nas mãos dos italianos que o chama de pomo d'oro, que significa maçã dourada - provavelmente porque as primeiras variedades encontradas naquele país eram amarelas. A crença nos efeitos afrodisíacos desse fruto, rendeu-lhe um nome mais romântico na França, onde foi conhecido como pomo d'amore (fruto do amor).

O encantamento com o sabor e a beleza que o tomate confere à comida fez com que o pizzaiolo Raffaele Esposito, em 1889, usasse o tomate para compor uma pizza preparada em homenagem à rainha Margherita di Savoia, da Itália. Para utilizar as três cores da bandeira italiana - verde, branca e vermelha - ele usou mussarela, manjericão e molho de tomate, criando assim uma variedade de pizza que reina até os dias de hoje.

Fonte: Revista dos Vegetarianos


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