O Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (International Fund for Animal Welfare, ou IFAW) publicou nesta terça-feira (5) um relatório sobre a atual situação do comércio de carne de baleia no Japão. Segundo o relatório, a indústria baleeira japonesa está à beira do colapso econômico, e só consegue sobreviver por conta do dinheiro de impostos dos contribuintes japoneses.
A caça de baleias está proibida desde o final da década de 1980, quando a Comissão Baleeira Internacional (CBI) aprovou uma moratória. No entanto, a moratória tem brechas. Países com produção tradicional de carne de baleia têm uma cota para a caça, e a moratória permite a chamada “caça científica” – o abate de baleias para a pesquisa. O Japão é acusado de utilizar a caça científica como pretexto para continuar a comercialização de carne de baleia.
De acordo com o relatório, a própria população japonesa já não tem tanto interesse pelo consumo de baleias. O estudo identificou que 88% dos japoneses não consumiram carne de baleia nos últimos doze meses, e mais da metade se mostra indiferente quanto ao consumo dessa carne. Além disso, 88,8% dos entrevistados são contra o uso de dinheiro do contribuinte para manter a indústria baleeira.
Segundo o relatório, no entanto, é exatamente isso que está acontecendo. A indústria baleeira só consegue operar porque recebe cerca de US$ 9,7 milhões em subsídios governamentais por ano. Mesmo com os subsídios, a caça de baleias opera em prejuízo. “Caçar baleias simplesmente não é viável economicamente”, diz o relatório.
Para o IFAW, a solução é substituir a caça comercial pela prática de observação de baleias, uma atividade de turismo que já movimenta mais de US$ 1,5 bilhão por ano, em 90 países diferentes.
Para o IFAW, a solução é substituir a caça comercial pela prática de observação de baleias, uma atividade de turismo que já movimenta mais de US$ 1,5 bilhão por ano, em 90 países diferentes.
Confira o relatório na íntegra.
Fonte: Blog do Planeta - Fotos: Divulgação/IFAW - 06.02.2013
Petições
A Sea Shepherd, maior organização conservacionista do mundo de ação direta de liderança sem fins lucrativos, entrou com duas petições na página da Casa Branca, “We The People”, procurando o apoio do Governo dos EUA em defesa da lei de conservação sobre a proteção das baleias em risco no Santuário de Baleias do Oceano Antártico, e com a garantia de refúgio para o respeitado fundador da organização, o Capitão Paul Watson.
A organização divulgou que tem apenas 30 dias para recolher 100 mil assinaturas. “Os Estados Unidos afirma que se opõe à caça de baleias por parte do Japão, mas faz pouco para realmente dar um fim à prática”, critica uma das petições. Saiba mais no site da Sea Shepherd.
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